2013-05-27

O "oitavo" sacramento

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Na missa de 25 de Maio, na Capela da Casa de Santa Marta o Papa Francisco reflectiu na sua homilia, através do Evangelho do dia, sobre a abertura e disponibilidade que devemos ter enquanto crentes, em particular os sacerdotes, enquanto facilitadores da fé. No Evangelho, Cristo chama a atenção dos discípulos para o facto de estes estarem a afastar as crianças que as pessoas levavam para o Senhor as abençoar. Jesus tocava em todos, a todos recebia e abraçava. E o Santo Padre até contou uma pequena história:

"Recordo que uma vez, saindo da cidade de Salta, no dia da Festa do Padroeiro, estava uma senhora que pedia a um padre uma bênção. Este disse-lhe que ela já tinha estado na missa e, então, explicou-lhe toda a teologia da bênção existente na missa. Ela respondeu: 'Muito obrigado'. O padre foi-se embora e ela dirigiu-se logo a outro padre para lhe pedir uma bênção, pois, ela tinha outra necessidade: a de ser tocada pelo Senhor. Esta é a fé que encontramos sempre e esta fé é suscitada pelo Espírito Santo. Nós devemos facilitá-la, fazê-la crescer, ajudá-la a crescer."
O Papa citou depois o episódio do cego de Jericó que gritava por Jesus. E as pessoas não queriam que ele gritasse pois ia contra o as normas, as regras, enfim... o protocolo. E recordou que quantas vezes quando numa paróquia as pessoas são acolhidas friamente, mesmo por leigos, em muitos casos quase tecnicamente, sem que suscite a quem acolhe uma reacção de alegria perante um irmão na fé que ali se apresenta para celebrar um baptismo, um matrimónio ou fazer uma inscrição na catequese. Apropriamo-nos um pouco do Senhor e os outros que sigam as nossas regras... O Santo Padre a terminar deu outro exemplo: "Pensai numa mãe-solteira que vai à Igreja, à paróquia, e diz ao secretário: 'Quero baptizar o meu menino'. E quem a acolhe diz-lhe: 'Não, tu não podes porque não estás casada'. Atentemos que esta rapariga, que teve a coragem de continuar com uma gravidez, o que é que encontra? Uma porta fechada. Isto não é zelo! Afasta as pessoas do Senhor! Não abre as portas! E assim quando nós seguimos este caminho e esta atitude, não estamos a servir as pessoas, o Povo de Deus. A Igreja instituiu sete sacramentos e nós com esta atitude instituímos o oitavo: o sacramento da 'alfândega pastoral'."

2013-05-25

Pensar a sociedade [1]

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Escrevo o primeiro artigo de uma série que um conjunto de professores da Universidade Católica Portuguesa, do Porto, irá escrever em cooperação como PÚBLICO. É oportuno, portanto, como responsável institucional, que deixe aqui uma nota introdutória, por conta desta aventura.
O momento é particularmente exigente para toda a sociedade portuguesa e nós não somos nem podemos ser indiferentes aos desafios desta hora, que é, como bem sabemos, muito difícil para a grande maioria dos portugueses.
Somos uma universidade sui generis, com uma matriz confessional, que nos ancora num dos mais relevantes veios culturais de Portugal, desde a sua fundação, com destaque para os valores do humanismo, da solidariedade e da justiça social. Esta tradição é particularmente útil num momento em que tudo parece tremer, a incerteza se agiganta e é preciso coragem e redobrada capacidade de inovação. Só inova quem tem raízes, só parte com liberdade frente a um futuro temível quem tem esperança e redobrada confiança. Nós vivemos com os olhos postos no presente, porque é aqui e hoje que é preciso dizer: presente! O amor, pedra angular do nosso modo de ser e estar, é para hoje, feito de obras. No futuro…será demasiado tarde!
Somos uma instituição cultural universitária, dedicada ao ensino e à investigação em áreas muito diversas, desde as artes à biotecnologia, da gestão à saúde, do direito à teologia, da bioética à educação e à psicologia. Temos um corpo docente experiente, dedicado e competente, maioritariamente jovem, que entende que deve partilhar com a comunidade aquilo que são as principais conquistas do saber em que participam. Não abdicamos, por isso, de inscrever, no espaço público, o nosso contributo para a redefinição de um país que precisa de mudar de rumo. Estamos disponíveis para trabalhar em comum, laborando nas fronteiras dos problemas mais difíceis. O ensimesmamento de pessoas, grupos, bairros, cidades, países, só pode conduzir ao desnorte, à violência e à guerra. Precisamos do outro e do diferente para crescermos, em comum e no bem comum.
Damos o nosso contributo apenas como quem faz o que tem a fazer, pois o que se nos pede no presente é fazermos, cada um a seu modo, todos livre e dignamente, o que temos de fazer, passo a passo, de modo decente e exigente. Precisamos de seguir caminhos novos, em concertação e com determinação; o pior que nos poderia acontecer seria repetirmos, nos próximos vinte anos, os erros que nos conduziram à situação atual. Precisamos de ser heróis, sim, mas na definição de Camus: gente comum que faz coisas extraordinárias por razões de decência.
Existe em Portugal, geralmente escondido dos media e pelos media, um fervilhar enorme de ideias, iniciativas e empreendimentos que estão a revelar-nos um país novo e bem mais capaz de nos conduzir a uma nova prosperidade, à nossa medida e devidamente sustentada na liberdade, na solidariedade e na justiça. É também por e para esse país que estaremos aqui todas as semanas no mundo digital.
Agradeço ao PÚBLICO a sua disponibilidade e… vamos à luta! | Joaquim Azevedo

2013-05-21

Sair de Portugal, uma oportunidade para Portugal?

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Todos conhecemos, uns mais e melhor que outros, o drama da emigração a que muitos milhares de portugueses estão a ser condenados. Estas vagas migratórias têm sido recorrentes na nossa história comum, envolvendo pais e avós de muitos dos jovens que hoje se vêem forçados a emigrar.
Mas esta nova vaga apresenta algumas caraterísticas novas: (i) ela dá-se num mundo muito mais globalizado e numa economia muito internacionalizada e interdependente; (ii) este mundo está impregnado de novas tecnologias e novos hábitos de comunicação e informação que o tornam muito mais pequeno; (iii) a geração que hoje emigra é muito mais qualificada, registando-se mesmo uma fuga de "cérebros", nos quais o país investiu e muito; (iv) esta geração não se desloca para os destinos históricos tradicionais, mas espalha-se por todo o mundo; (v) Portugal atravessa uma grave crise social e económica, com todos os problemas e desafios que isso mesmo coloca.
Estas características novas devem levar-nos a mudar os referenciais com que pensamos e perspectivamos esta nova vaga emigratória e os seus impactos. Portugal sempre foi maior do que o seu tamanho. As suas gentes e a sua cultura há muitos séculos que se espalharam pela diáspora. Hoje, a dispersão de muitos portugueses muito qualificados pelo mundo amplia a nossa dimensão, ou seja, somos ainda maiores e estamos ainda mais espalhados por todo o mundo. O maior drama desta nova vaga emigratória consiste em a pensarmos como sendo apenas mais uma ou apenas como mais um mal que nos está a acontecer, entre tantos que todos os dias nos invadem, como se o país e o mundo não tivessem mudado.
Uma boa parte dos negócios, hoje, está a ser fortemente influenciada pela economia aberta e globalizada. Inadvertidamente podemos estar a gerar uma nova rede global de portugueses presentes em todo o mundo, capazes de se ligarem entre si, aptos a ligarem o de lá com o de cá e o de cá com o de lá; ou seja, uma rede que qualquer programa governamental seria incapaz de promover, está aí potencialmente ativa. Faltam-nos, eu sei, vários requisitos para fazer funcionar esta rede, em nosso benefício, desde logo ela surge marcada por essa revolta com o país que obrigou os seus membros a emigrar. Mas uma intervenção subtil e inteligente, envolvendo sectores como a economia, o emprego, a ciência, a educação, os negócios estrangeiros e a diplomacia económica, com uma visão de médio e longe prazo, poderia transformar uma fraqueza numa enorme força.
Afinal, falta fazer o mais fácil. Pelo mundo já estamos, à custa do sacrifício de tantos, muitos dos melhores já partiram ou estão a partir, estamos a descobrir que os nossos recursos económicos internos são muito escassos e que não queremos regredir, já há casos de sucesso de ligações virtuosas entre os portugueses dispersos e, ao fim e ao resto, só estando por todo o mundo somos iguais a nós mesmos. A nossa dimensão real está alcançada, só falta fazer da dispersão uma força maior e ainda por cima o modelo económico está a jogar do nosso lado.
Coragem! | Joaquim Azevedo

2013-05-12




"Homens da Galileia, por que estais assim, de olhos fixos no Céu?"
Quantas vezes ficamos paralisados, a olhar para o Céu, como se aquilo que possuíamos, tivéssemos deixado de possuir; como se a súbita ausência não pudesse representar a caixa-de-ressonância onde a presença se torna mais pura; como se um certo sentimento de abandono nos condenasse ao entorpecimento das mãos e dos pés, à fossilização do coração.
Com efeito, vivemos como se o Evangelho de Cristo fosse um dado adquirido, algo que não exigisse mais do que tê-lo ouvido alguma vez.
Vivemos como se para 'ser cristão' nos bastasse uma 'área de conforto' devidamente delimitada, a condição apaziguada de quem vive bem sem questionar o espaço de que dispõe para situar o seu processo de conversão pessoal ou um sentido para a missão de anunciar, testemunhar o Evangelho.
Vivemos como se 'ser Igreja' nos suscitasse o ensimesmamento auto-indulgente e autocomprazido das sociedades secretas ou dos clubes privados… Ou vivemos anestesiados com a pretensão de 'Cristandade', narcotizados com patéticas vaidades alimentadas pela promiscuidade entre a Igreja e o Estado, com concordatas e 'concordatices' em que o Evangelho é sistematicamente preterido em função das relações de poder e dos braços-de-ferro da 'realpolitik'. Vivemos entorpecidos pelas estatísticas, pela síndrome dos 99%; ou com a tentação de fazer Igreja à parte.
Mas, neste domingo da Ascensão, percebemos que essa missão de anunciar o Evangelho, em qualquer sítio e situação, é identitária, diz quem somos, explica como vivemos, testemunha o conteúdo da nossa fé e a verdade do nosso amor, e revela o modo como espera-mos… e é a nossa esperança que nos permite anunciar o Evangelho como se a nossa vida, enquanto cristãos, dependesse profundamente dessa partilha. Anunciamos o Evangelho, porque o Evangelho existe em nós na proporção e na medida em que o anunciamos; o Evangelho redime as nossas vidas na proporção e na medida em que o testemunhamos; o Evangelho resulta no Reino de Deus na proporção e na medida em que o partilhamos.
Não há segredos… se não reconhecemos o Evangelho em nós, é porque não o anunciamos; se não permitimos que o Evangelho redi-ma as nossas vidas, é porque não o testemunhamos; se o nosso mundo não é ainda o Reino de Deus, é porque ainda não conseguimos [ainda não soubemos] partilhá-lo.
Recordo uma reflexão de Paul Tillich: "Não é fácil pregar cada domingo sem se elevar a pretensão de possuir Deus e de poder dispor dele. Não é fácil pregar Deus às crianças e aos pagãos, aos cépticos e aos ateus, e ter de lhes explicar, ao mesmo tempo, que nós próprios não possuímos Deus, mas que o esperamos. Eu estou convencido de que a resistência ao cristianismo vem em grande parte do facto dos cristãos, abertamente ou não, erguerem a pretensão de possuir Deus e terem assim perdido o elemento de expectativa."
"Este Jesus que, de junto de vós, vos foi arrebatado, voltará da mesma maneira que o vistes partir para o Céu", lemos nos Atos dos Apóstolos. É isso… é por isso que esperamos e é por isso que sabemos e sentimos que faz sentido esperá-lo… esperá-lo sem a ilusão de possuí-lo; esperá-lo porque Deus é de esperar, não é de possuir; esperá-lo porque nós somos de esperar, não somos de possuir.
E é por isso que nos reunimos domingo-a-domingo, para guardar o futuro e porque o nosso coração espera como se batesse e bate como se esperasse... a vinda de Cristo. | José Rui Teixeira

2013-05-10

O Segredo de Fátima

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À medida que o tempo passa, acredito mais no Segredo de Fátima. Nesse Segredo que desassossega, que nos arranca de casa, dos livros, da cidade e nos lança, anualmente, para a imensidão das estradas. Eu acredito num 'não sei quê' que esse Segredo derrama em nós: uma porção de confiança, de abandono e de aventura. Uma vontade de tornar a vida mais que tudo verdadeira. De tornar generosos os projectos e fecundos os laços que nos ligam aos outros. De tornar absoluta a nossa sempre frágil Esperança.
À medida que o tempo passa, vou conhecendo pessoas cujo tesouro interior foi descoberto, ampliado nos caminhos de Fátima. Pessoas que contam histórias simples, misturadas com sorrisos e lágrimas. Histórias de um Encontro tão parecido ao que teve uma rapariga da Judeia, de nome Maria.
Que têm os peregrinos de Fátima? Têm o vento por asas e a lonjura por canto. Têm a conversão por caminho e a prece ardente por mapa. São filhos de uma promessa que se cumpre dentro da vida.
Gosto dessa frase de Vitorino Nemésio que diz: "em Fátima, a Humanidade inteira passou a valer mais". Gosto, porque nos caminhos longos, imprevistos e profundos de uma peregrinação isso nos é ensinado como uma evidência humilde e apaixonante. | José Tolentino Mendonça

2013-05-07

Opéra, Paris [1890]


No dia 26 de Outubro de 1890, António Nobre chega a Paris e instala-se no n.º 2 da Rue Racine; no dia 1 de Dezembro muda-se para o n.º 12 da Rue de la Sorbonne; no dia 28 de Fevereiro de 1891 muda-se novamente, desta vez para o n.º 41 da Rua de Écoles e, no dia 1 de Novembro do mesmo ano, instala-se no Boulevard St. Michel. Em 1892 vive no n.º 21 da Rue Valette. Entre Novembro de 1893 e Janeiro de 1895 [quando regressa definitivamente a Portugal], vive novamente na Rue de la Sorbonne [n.º 18], dois dias na Rue de Cryar [n.º 16] e, finalmente, na Rue des Écoles [n.º 41].
A Torre Eiffel acabara de ser construída quando, em 1890, António Nobre chega a Paris. Durante esses anos, o poeta perde o irmão [Júlio] e o pai, regressa algumas vezes a Portugal, aparecem os primeiros sintomas da tuberculose, surgem dificuldades económicas e licencia-se em Direito na Sorbonne. No dia 21 de Abril de 1892, o livreiro Léon Vanier [editor de Verlaine, Mallarmé ou Rimbaud], imprime 200 exemplares do , um dos mais importantes documentos da História da Literatura Portuguesa, um livro que não se descreve, nem se explica sem que um dia tenhamos sentido saudades de Portugal, enquanto deambulávamos [desterrados] pelas ruas do Quartier Latin.
Oito anos depois da edição do , António Nobre morre no Porto, vítima de tuberculose… ou dessa enfermidade [poética] que não é bem tristeza, nem é só saudade e que tem a ver com o facto de certos poetas serem [ainda] aqueles seres humanos que existem mais desapaixonadamente, porque por instantes conheceram uma beleza incontida e inefável, um milagre... e parece-lhes trágico ter que suportar o resto da vida.

António Nobre [1889]


Não foi há muito tempo que, descendo de Montmartre para a Opéra, passei perto da Rue de Trévise, em Paris. Lembrei-me de um episódio de 1891: Sampaio Bruno tinha acabado de chegar a Paris [exilado do 31 de Janeiro]. Lêem-se estas palavras no prefácio de Despedidas [livro póstumo de António Nobre, publicado no Porto, em 1902]: "Na escura rua de Trévise me procurou, abandonando por horas a sua preferida margem esquerda, de que lhe era tão penoso afastar-se, António Nobre, uma tarde em que eu sofria cruelmente. Esta visita sensibilizou-me; como me encantou a conversação do poeta, pelo tom subtil da melindrosa reserva na consolação, a um tempo caridosa e primorosa, d'um'alma em carne viva, como a minha por então andava."
António Nobre, nessa tarde de 1891, abandona o [seu] Quartier Latin e visita Sampaio Bruno, no Quartier du Faubourg-Montmartre. Na Rue de Trévise, em Paris, encontraram-se dois dos mais importantes intelectuais portugueses do século XIX: o filósofo e o poeta. Por um instante, "o spleen de Paris" foi mais português do que nunca… Baudelaire já dormia no Cemitério de Montparnasse há 24 anos e seria preciso esperar 25 anos para que Mário de Sá-Carneiro pusesse fim à sua vida no Hôtel de Nice, em Montmartre.
Talvez não seja importante… mas para mim o encontro entre Sampaio Bruno e António Nobre, em Paris, é um daqueles momentos muito raros, com uma beleza secreta, escondida, desadornada. As palavras de Sampaio Bruno são como uma melopeia, guardam essa tristeza [quase] redentora que reconhecemos naquelas "canções que as mães dedicam aos filhos doentes", como se lê num poema do José Tolentino Mendonça. | José Rui Teixeira

2013-05-05




Conheci agora um pouco melhor Dalila Pereira da Costa [1918-2012], com a publicação e apresentação pública do livro de Joaquim da Silva Teixeira, «A experiência mística na obra de Dalila Pereira da Costa», editado pela Cosmorama Edições e ontem realizada na Católica . Porto. Li boa parte do livro e assisti às intervenções do autor, do Prof. Arnaldo de Pinho e do Doutor Ângelo Alves. Conheci Dalila na sua casa da 5 de Outubro, uma mulher quase invisível, pequena e luminosa. Mas agora pude reconhecê-la, esse gesto bem mais humano do que simplesmente conhecer.
Uma mística no meio dos supermercados! Uma discretíssima luz na noite, uma presença da graça.
Diz ela, no seu «A força do mundo», sobre as suas experiências místicas: "o que vejo, é que tudo depende desta força, a graça. É ela que tudo dá e mesmo que tudo condiciona, tudo permite. Age como força que vai penetrando, ultrapassando todas as nossas camadas, anulando-as, até chegar àquela primeira, o nosso último ponto, o mais interior [...]. Ela é uma força e nos seus primeiros instantes como um fogo que vem desapossar-nos, libertar-nos do nosso ser terrestre, realizando essa morte na voda. Por ela é uma força de identidade. Anula em nós tudo o que em nós é diferente, outro que Ele. Para que seja possível a identificação última, a iluminação, que é uma divinização. Deus é sempre o nosso fim e o caminho para Ele mesmo. Unicamente por Ele se chega a Ele."
Segundo S. João da Cruz, a mística é "sabedoria de Deus, secreta e oculta", sempre difícl de pronunciar e de comunicar. Mas Dalila Pereira da Costa esforçou-se e agigantou-se nesse esforço de comunicar a sua relação íntima com Deus. Para nosso maior bem e para glória de Deus.
Vale a pena ler este livro neste tempo preenchido quase por completo por cifrões, equipamentos, estatísticas e consumos. E já agora, um ou outro de Dalila, que escreveu cerca de quarenta pequenos volumes. A biblioteca da Católica . Porto tem os seus livros, onde podem ser requesitados. | Joaquim Azevedo